Terça-feira, 20 de Abril de 2021
Infelizmente hoje no Brasil não temos o uso perfeito da engenharia de custos dentro das obras públicas, ciência de fundamental importância para o desenvolvimento social e econômico do país.
A engenharia de custos garante de forma técnica e estimada os custos diretos e indiretos de uma obra seja pública ou particular, dessa forma os órgãos públicos podem fazer uma estimativa de custos com um grau de risco menor e assim fazer um bom uso do dinheiro público.
Antigamente os órgãos públicos não sabiam os custos de suas obras e o preço final era definido pelas empresas com uma margem de lucro enorme e com isso o dinheiro público era mal distribuído, aumentando a desigualdade social e a conta bancária da empresa.
Hoje a situação é outra os órgãos públicos já possuem tabelas de preço unitário, composições, apropriações e fontes de pesquisa para fixar um preço de referência para as empresas que participam de licitações, mas o que acontece é que esse preço muitas vezes está fora da realidade de mercado e por motivos "desconhecidos" a empresa para ganhar a licitação baixa de forma desordenada o preço de sua proposta.
Portanto é impossível uma obra já mal orçada pelo órgão público e reduzida pela a empresa ganhadora em até 50%, poder ser concluída dentro desse custo, o que acontece é que a empresa entra com o aditivo de até 25% e ainda corre o risco de não entregar a obra por falta de planejamento operacional e financeiro.
Um aditivo de mais de 15% é a prova real do mal elaboramento do orçamento, muitas vezes os quantitativos são levantados por pessoas não qualificadas e/ou em cima de projetos básicos de má qualidade técnica sem especificações e dados regionais, um bom projeto básico deve ter no mínimo dependendo do tipo de obra:
•Projeto de topografia;
•Ensaios;
•Projetos executivos com um bom grau de detalhamento;
•Compatibilização dos projetos;
•Especificação técnica de serviços e materiais;
•Fatores regionais e climáticos;
•Logística local de materiais e equipamentos;
•Estimativa no dimensionamento da mão-de-obra.
A empresa dá um tiro no escuro, mas sempre acerta a sociedade brasileira e o resultado são obras inacabadas, corrupção e esquemas licitatórios. A LDO e a lei de licitação no Brasil precisam ser atualizadas dentro de técnicas da engenharia de custos, o engenheiro de custos deve assumir um posto importante dentro desse processo licitatório e acima de tudo possuir autonomia na definição do preço de referência e composição do BDI (Lucro + Despesas indiretas.
Em alguns estados brasileiros é exigido a ART desse profissional, isso garante mais segurança para a sociedade e os órgãos fiscalizadores terão mais informações e parâmetros sobre os custos estimados para obra.
João Bosco Vieira da Silva, é Engenheiro Civil
Fonte:www.ecivilnet.com
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