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Esculturas em MDF harmonizam a decoração

Quanto mais agradável o lugar onde moramos, maior pode ser nossa qualidade de vida. A união de pequenos detalhes, que nem sempre são percebidos, faz a diferença de um ambiente agradável ou desagradável. Alguns elementos influenciam na harmonia do ambiente e, entre eles, uma obra de arte, uma escultura de parede ou uma pintura transmitem sensações de harmonia e da personalidade de quem vive ali.

Para o escultor Hélio Miranda, especialista na confecção de esculturas em MDF, a personalização é a base de um bom projeto de decoração. “É um recurso que dá a certeza de que o ambiente atenderá ao ritmo de vida do usuário e, conseqüentemente, influenciará no bem-estar da casa todos os dias”.

O moderno inserido na personalização

Miranda observa que cada vez mais a arte ganha a simpatia do consumidor, a ponto de ser um recurso indispensável para compor a decoração. Principalmente quando percebemos a ausência de limites para a criatividade do artista brasileiro. A seu ver, as pessoas se envolvem pelo estilo moderno, inserido na personalização, e o MDF torna possível executar uma obra com maior versatilidade.

Na visão do artista, não há um ambiente mais ou menos adequado para expor uma escultura. “A Arte combina com conceitos tradicionais ou contemporâneos, em áreas externas ou internas, e deixou de ser um bem exclusivo para exposições públicas. Hoje, ela está acessível, presente no nosso dia-a-dia, em projetos corporativos, residências, públicos ou comerciais”, explica Miranda.

A escultura como conforto visual

A escultura merece sempre um lugar de destaque no ambiente. Valorizar a peça exposta com lâmpadas dicróicas ou spots é sempre aconselhável. Para criar efeitos de luz e sombra, Miranda fixa pequenos suportes de até 10 centímetros, na parte posterior da escultura, para estabelecer um espaço suficiente entre peça e parede. A projeção da luz e a angulação, na qual está instalada, provoca a sombra, realçando as formas da peça e provocando sensações de bem-estar e conforto visual.

Conforme afirma Miranda, nenhum arquiteto rejeitou seu trabalho e o uso do MDF. “São as muitas possibilidades de personalização que agrada ao profissional”, defende. Claro, ele teve a sorte de agradar a todos os arquitetos e decoradores, apenas oferecendo peças disponíveis em seu acervo. Mesmo assim, Miranda se dispõe a fazer layouts exclusivos, de acordo com o projeto que o arquiteto propõe ao cliente.

Sem escultura, o ambiente é somente “um ambiente”

Um ambiente deixa de ser somente um ambiente, quando possui elementos que despertam nossa curiosidade. “Por isso, o que as pessoas chamam de necessidade, eu chamo de personalização. Quando faço uma escultura de parede em MDF, faço respeitando o gosto e a necessidade do cliente. Assim, tenha a certeza da completa satisfação”, define.

Miranda lembra que todo espaço está pronto para receber uma escultura de parede. Os projetos mais conservadores, compostos por muitos móveis de madeira envernizada, lustres e objetos de decoração que seguem o mesmo gênero, podem restringir a presença de uma escultura em MDF.

Talvez por ter esse conceito perfeitamente pré-estabelecido em sua mente, o Hélio Miranda nunca se preocupou em expor em locais públicos ou galerias. Para ele, o melhor lugar de exposição é a casa, o escritório, uma sala de estar ou um ambiente corporativo. Por meio dessa conduta, ele vem trabalhando em parceria com diversos arquitetos, como aconteceu na última Campinas Décor, já realizada este ano. O evento aconteceu em período de Copa do Mundo. Então, Miranda compôs duas peças de jogadores de futebol, as quais fizeram muito sucesso na churrasqueira de uma das casas em exposição, com projeto feito por Roseana Monteiro. Na mesma Campinas Décor, o arquiteto Maxiwell Gerardi contou com o auxílio de Hélio Miranda na composição dos banheiros masculino e feminino do Ginásio do Condomínio. Para identificar o banheiro masculino, Miranda esculpiu um pequeno Chaplin, colocado em uma estreita coluna, ao lado da porta. No banheiro feminino, criou uma pequena escultura de Marilyn Monroe.

Para criar suas obras, muitas vezes Miranda recebe uma prévia do projeto. “Para obter a solução desejada, vou tateando inspirações. Mas gosto de desafios. Gosto mais ainda de superar expectativas. E no final, tudo dá certo”.

Corpos, abstratos e movimentos

Esses são os principais elementos que identificam o estilo de Hélio Miranda. As peças são construídas em MDF, com tinta automotiva. A criação surge do primeiro desenho, imagem ou fotografia. Em seguida, a informação segue para o MDF, feito com grafite no tamanho desejado. Os traços são recortados com serra manual para receber o acabamento com lixa, que retira os excessos. Para finalizar, aplicação de fundo e tinta automotiva.

Depois de ter iniciado a faculdade de Engenharia Mecânica, Miranda percebeu que estava prosseguindo por um caminho errado. Decidiu cursar Publicidade que, em razão de contratemos, não conseguiu concluir. Até que entendeu sua vocação e partiu para o trabalho como escultor. Para ele, criar formas em um simples pedaço de madeira, cujo resultado é capaz de despertar sorrisos e curiosidade em quem aprecia arte, é mais do que uma profissão, é um prazer. A fim de se especializar, viveu um período na Europa, o que lhe permitiu retornar ao Brasil com uma visão muito mais centralizada em seu trabalho, que lhe valeu muita experiência.

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