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por Prof. Eng. Roberto de Carvalho junior

Negligência com as instalações hidráulicas



As instalações prediais constituem subsistemas que devem ser integrados ao sistema construtivo proposto pela arquitetura, de forma harmônica, racional e tecnicamente correta.

Quando não há coordenação e/ou entrosamento entre o arquiteto e os profissionais contratados para a elaboração dos projetos complementares, pode ocorrer uma incompatibilização entre os projetos, o que, certamente, aparecerá depois, durante a execução da obra, gerando inúmeras improvisações para solucionar os problemas surgidos visando finalizar a execução das instalações.

Um projeto arquitetônico elaborado com os equipamentos adequadamente localizados, tendo em vista suas características funcionais, compatibilizado com os projetos de estrutura, fundações, instalações e outros pertinentes, é condição básica para a perfeita integração entre os vários subsistemas construtivos.

O projeto de instalações prediais harmoniosamente integrado aos demais projetos do edifício permitirá fácil operação e manutenção das instalações. A área de instalações prediais é carente de uma bibliografia que atenda às necessidades do aprendizado acadêmico, e até mesmo dos profissionais, no que se refere às interfaces físicas e funcionais da arquitetura com as instalações.

Foi no decorrer de nosso trabalho, observando e resolvendo problemas afins, que resolvemos fazer uma espécie de cartilha preventiva, de modo a melhorar a qualidade total da obra.

O livro de nossa autoria, “Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura”, editado pela Blucher, foi desenvolvido com o intuito de abordar as principais interferências e interfaces das instalações hidráulicas prediais com o projeto arquitetônico.

Para tanto, apresenta noções básicas necessárias, ou seja, uma visão simplificada dos vários subsistemas das instalações prediais voltadas para o arquiteto, designer ou estudante de arquitetura, para que possam antecipar as soluções das interfaces e, consequentemente, desenvolver projetos harmonizados com as instalações visando seu perfeito funcionamento.

Essa compatibilização entre os vários subsistemas envolvidos na construção do edifício resultará em um correto andamento de obra evitando improvisações.

A maior parte das instalações executadas, em nosso país, são executadas fora dos padrões da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Como a Lei da Gravidade é gratuita, grande parte dos empreiteiros e construtores não pensam duas vezes e vão colocando as tubulações de tudo quanto é jeito, sem levar em consideração alguns conceitos importantes das instalações tais como as declividades mínimas necessárias para o escoamento do esgoto e das águas pluviais.

Outro bom exemplo são as tubulações de água potável que são projetadas e (ou) executadas sem levar em consideração a melhor forma para sua distribuição e negligencia com uso racional da água, negligenciando-se também as pressões ideais para o bom funcionamento dos aparelhos sanitários.

Como se sabe, todos os equipamentos de utilização de água (torneiras, chuveiros, entre outros) necessitam de uma pressão mínima para funcionarem satisfatoriamente. Quando esse parâmetro não é atendido alguns aparelhos não funcionam bem como, por exemplo, as duchas e os chuveiros elétricos. Isso acaba comprometendo o conforto do usuário, principalmente, na hora do banho.

Além desse descaso, ainda existem aqueles que fazem confusão com relação aos conceitos de pressão e vazão. Muitos encanadores e construtores desconhecem ou ignoram esses conceitos. Alguns acreditam que a pressão na rede de distribuição e nos pontos de utilização de água depende do tamanho do reservatório, sendo que a pressão depende exclusivamente da altura (pressão estática) e do percurso que a água percorre (pressão dinâmica).

Portanto, o volume do reservatório não determina o aumento ou diminuição das pressões, existentes numa instalação predial de água. As pressões dependem exclusivamente da altura. Quanto mais alto for o reservatório, maior será a pressão na rede e nos pontos de utilização de água.

Além de mal dimensionados, também se comete muitos equívocos com relação ao posicionamento desses reservatórios. A posição ideal, obviamente, quando não existem barreiras arquitetônica e estrutural, deve ser tal que fiquem o mais próximo possível dos pontos de consumo. Isso se deve a dois fatores: perda de carga e economia.

A perda de carga numa canalização pode ser entendida como sendo a diferença de energia inicial e a energia final de um liquido, quando o mesmo flui numa canalização de um ponto ao outro. Essas perdas poderão ser: distribuídas (ocasionadas pelo movimento da água na tubulação) e localizadas (ocasionadas pelas conexões, válvulas, registros, etc.).

Portanto, quando se coloca tubulações e conexões de forma aleatória essa perda de carga aumenta ocasionando conseqüentemente uma diminuição das pressões nos pontos de utilização de água.

Portanto, é preciso muito cuidado na hora de construir. Ás vezes o barato sai caro. Além do desconforto e das dores de cabeça, os prejuízos são enormes com os futuros vazamentos, entupimentos e mal funcionamento das instalações de água e esgoto.




Roberto de Carvalho Junior, Engenheiro civil, licenciado em matemática, com habilitação em física e desenho geométrico. Pós-graduado em didática do ensino superior. Mestre em hidráulica e saneamento e em arquitetura e urbanismo.




Fonte:www.aea.com.br




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