por Luciana Paixão
Em uma construção, quando o assunto é parede as pessoas remetem a uma tradição, e sempre procuram construção em alvenaria. Mas, de uns tempos para cá, as paredes passaram a ser feitas de drywall.
O drywall é, basicamente, um sistema industrializado para a construção de paredes internas. Elas são compostas de aço galvanizado e revestido em gesso acartonado. Embora pareça uma novidade, esse sistema já está presente nas construções brasileiras há mais de 20 anos e cada vez mais popular.
Além disso, o conceito de paredes em drywall tem mudado o processo empregado na construção civil, por ser um sistema bem mais limpo, econômico e de rápida implantação, diferente das paredes convencionais em alvenaria.
As paredes em drywall também agregam grande versatilidade, trazendo componentes recicláveis e não tóxicos, no caso do gesso. A tecnologia representa apenas 5% dos resíduos em uma obra, enquanto os métodos tradicionais agregam em média 30%, se mostrando limpa.
Mas, mesmo sendo um conceito presente há duas décadas no Brasil, ainda é uma técnica que gera dúvidas.
Por conta disso, separamos neste artigo diversas informações referentes ao drywall, junto a dicas e formas de aplicação das paredes relativamente econômicas a obra. Acompanhe:

Conheça o drywall
O termo pode ser usado para definir tanto as chapas com miolo de gesso como também aquelas em face de papel cartão. É um sistema composto por placas fixadas em uma estrutura de aço, utilizando a ambos os materiais aqui citados.
Com o uso do drywall, é possível criar uma infinidade de formas para a construção, ganhando destaque por sua versatilidade.
O uso de painéis simples e até mesmo duplo, mantendo espessuras diversas e a criação de formas variadas que deixam o ambiente com uma aparência única, essa é uma boa definição para o conceito.
Em seu interior, há uma parede retilínea com chapas duplas. Fora isso, ele apresenta três tipos de chapa que são distintas na cor de sua cobertura em papel cartão. Assim, a face branca é que fica voltada para dentro, enquanto a colorida tem suas próprias características, incluindo a aplicação do acabamento ao final de sua instalação.
A verde ou RU é feita em silicone e aditivos fungicidas, que são misturados ao gesso. Essa é recomendada para o uso em áreas úmidas, como banheiro e cozinha, por exemplo.
Já o tom rosa ou RF possui fibra de vidro em sua composição, assim se mostrando mais resistente ao fogo. Normalmente, ele é aplicado em ambientes com lareiras, como uma sala de estar, o ainda na bancada da cozinha, onde é colocado o fogão do tipo cooktop.
Por fim o branco ou ST, sendo esta a variedade mais básica do drywall, conhecido também como standard. Essa placa é aplicada, principalmente, para forros e paredes em ambientes secos.
Para saber melhor em que etapa da sua obra deverá pensar na colocação de drywall, seja na parede ou no teto, clique aqui e saiba mais sobre as 13 etapas de uma reforma de apartamento.
Os tipos de aplicação
Assim como há distintos tipos de drywall, a forma de instalação também é diferenciada e demanda de técnicas próprias.
Por exemplo, para a fixação do forro são usados painéis específicos a serem colocados no teto. Eles são parafusados na estrutura de aço da parede, enquanto o forro fica suspenso com o uso de tirantes em uma laje ou preso ao telhado.
Essa técnica é empregada por ajudar a absorver os movimentos naturais da construção, reduzindo o aparecimento de trincas e rachaduras no forro.
No caso dos painéis prontos, que é algo recente no conceito de drywall, eles já vêm com o revestimento – normalmente um cartão melamínico ou de PVC, em cores e padrões variados – isso acaba dispensando a etapa de acabamento.
Também é possível aplicar o drywall parede sobre parede. A técnica é feita de modo a nivelar as superfícies que, geralmente, são tortas de origem. Assim é possível aumentar o conforto termoacústico no ambiente de instalação.
Ainda são instalados perfis sobre apoios fixos na própria alvenaria, onde é usada massa de colagem para isso. Eles têm espaçamento de 12 centímetros para cada e a espessura mínima é de 3,5 centímetros.
Como é feita a instalação
A aplicação do drywall é relativamente rápida, sendo que em dois dias de trabalho é possível erguer aproximadamente 30 m² de parede com a técnica.
O processo de instalação é feito em três etapas, iniciado pela estrutura da base. Neste caso, primeiro são colocadas guias metálicas no piso e teto, usados para a sustentação dos montantes verticais em aço galvanizado.
Essas guias devem manter um espaço de até 60 centímetros uma da outra. São nelas que as chapas serão parafusadas.
Posterior a essa etapa, é feita a cobertura das divisões, onde realiza-se o tratamento das juntas, uma região que é mais propensa ao aparecimento de fissuras. Para evitar isso, são aplicadas massas e fitas específicas nesses pontos, sempre duas vezes para que a superfície fique totalmente plana.
A última fase é de acabamento. É possível que a massa tenha certa retração depois de seca, por isso a finalização é feita em, ao mínimo, um dia após a aplicação ser completada.
Nessa etapa é comum a pintura, aplicação de cerâmica, madeiras ou qualquer outro material desejado. Se a massa estiver funda, é preciso reaplica-la, senão basta lixar a superfície antes de iniciar o acabamento.

Limite de peso
O drywall é uma tecnologia altamente resistente, por isso a forma de aplicação também utiliza alguns itens para aguentar o peso da parede.
Por exemplo, pode ser usado qualquer objeto com até 10 quilos para prender a chapa, enquanto pesos maiores são usados para a instalação dos perfis em até 18 quilos. Superior a esse peso, é necessário utilizar reforços ou ainda distribuir a carga.
Além disso, as paredes ou peças em drywall conseguem suportar diversos materiais, mostrando ser um conceito bastante versátil. Por isso, é comum encontrar a técnica em bancadas de pedra ou como painéis sustentando grandes televisores.
Para isso, depende um pouco do tipo de material usado no acabamento. A madeira cega, por exemplo, ou o aço galvanizado, são os mais utilizados para dar sustentação aos objetos combinados a técnica
Luciana Paixão, Instrutora dos cursos de Práticas Profissionais em Arquitetura e autora do livro O Pequeno Grande Guia de Aprovação de Projetos de Prefeitura, o manual do profissional liberal da construção civil. Eleita por dois anos consecutivos pela Revista Negócios da Comunicação como Influent Mind na categoria Cidades, Arquitetura e Urbanismo, ganhando ainda o prêmio destaque pelo trabalho realizado no blog e redes sociais como Facebook, Youtube, Twitter e Instagram, que juntos somam mais de 400 mil seguidores.
Fonte:www.aarquiteta.com.br
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