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Melhorando a qualidade do concreto feito em obra



Quando se fala de concreto têm-se duas situações: a que sai dos laboratórios e aquela encontrada na dura realidade da maioria das obras no Brasil. São dois opostos, o desejo e a realidade, nem sempre se consegue reproduzir na obra as condições previstas no cálculo, mas alguns procedimentos simples podem melhorar consideravelmente a qualidade do concreto feito em obra, permitindo utilizar menos cimento e mantendo a resistência da estrutura.

Na preparação do concreto em obra, o ideal seria que se levasse em conta os principais fatores do cálculo, ou seja:
• A classe do cimento
• A granulometria da areia
• Os tipos de britas a usar (1, 2 e outras)
• A umidade da areia para dosar a quantidade de água e não interferir na relação água/cimento

Entretanto, na realidade da pequenas construções é irreal querer pensar nestes fatores. Como assim? Bem, vamos lá:
• A areia é a que temos disponível no depósito.
• A brita nem sempre é classificada.
• É trabalhoso medir a umidade da areia.
• Muitas vezes o concreto é mexido no chão, no braço, sem betoneira.
Com tantas condições adversas, como fazer então para conseguir um bom concreto? Que resistência podemos esperar? Seria melhor colocar uma maior quantidade de cimento para compensar a má qualidade do preparo? Veja algumas regras práticas para esse concreto bem brasileiro, sem apoio tecnológico mas, infelizmente, um concreto bem real.

Fazendo concreto na obra

Com um pouco de dedicação e capricho é possível melhorar consideravelmente a qualidade do concreto confeccionado in-loco e, de quebra, economizar no cimento. Vamos começar pela fórmula básica, usando um traço que atende à maior parte das estruturas comuns nas pequenas obras Brasileiras, a famosa “1-2-3” e que podemos reduzir à “equação”:

C A P : 1 2 3


Isso quer dizer:
• C = 1 representa a quantidade de cimento, cerca de 35 litros que é o volume aparente do saco padrão de 50 kg
• A = 2 representando 2 volumes de areia. Como estamos considerando que o volume de cimento é de 35 litros, vamos usar 70 litros de areia
• P = 3 significa 3 volumes de brita, ou seja 3 x 35 = 105 litros.

Medindo e misturando

Antes de mais nada, um lembrete: a norma ABNT especifica que o volume de concreto a ser amassado por vez não deverá exceder o que se consegue com 100 kg de címento (2 sacos de 50 kg). Portanto evite fazer aquelas masseiras enormes que, no final das contas, não economiza tanto tempo assim mas pode comprometer bastante a homogeneidade e resistência do concreto.

Para facilitar a dosagem de areia e pedra construa uma caixa padrão para facilitar a dosagem 1, 2, 3. A caixa pode ser feita em obra mesmo, com compensado de 10 mm ou até mesmo com pedaços de tábua. A idéia é conseguir uma referência para a dosagem volumétrica cujo volume será 20 x 50 x 35 = 35.000 Cm3, ou seja, o correspondente à: 35 litros, que deverá conter, portanto, 1 saco de cimento. A figura abaixo ilustra as medidas e aparência geral da caixa padrão:



Agora a dosagem da parte sólida do concreto fica fácil: para cada medida de cimento, acrescentar 2 caixas padrão de areia e mais 3 de brita. Chegamos então a uma parte muito importante – a quantidade de água. Para areia seca acrescentar 27 litros. Para areia pouco úmida (a mais comum) diminuir para 24 litros de água. Para areia molhada, diminuir ainda mais – apenas 20 litros. Se a água usada for de rede pública provavelmente não haverá problemas quanto a sua qualidade. Entretanto, quando for necessário usar água vinda de poços (normais ou artesianos) na própria obra recomenda-se fazer sua análise caso apresente aspecto turvo ou com sedimentação.

Preparação

Agora que temos os volumes corretos é preciso atenção à forma e seqüência da colocação dos materiais para a mistura manual. Sobre uma superfície rígida e impermeável (piso de tábua ou cimentado) coloca-se a areia formando uma camada de cerca de 15 cm. Adicione o cimento e misture bem, recomenda-se pá de formato quadrado. Após uma boa mistura (cor homogênea de toda a massa misturada) junta-se a brita (pedra) e mistura-se novamente. Faz-se um buraco no meio da massa e vamos adicionando lenta e cuidadosamente mente a água, não deixando escapar nada. Mistura-se bem até obter uma massa homogênea, usando pá ou enxada.

É isto, o “concreto estilo Brasil” estará pronto!

Mas qual é a resistência esperada desse concreto? Na média, podemos trabalhar com com uma resistência fck entre 120 a 150 kg/cm2, um dos fck's mais comuns nas obras brasileiras.

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