Segunda-feira, 18 de Março de 2024
Crescemos e Inovamos!
Dýnamis em seu 30º aniversário a Dýnamis Engenharia Geotécnica passa para uma nova fase de desenvolvimento e amadurecimento e, a partir de agora além da Assessoria e Consultoria Geotécnica através do Engº Mauro Hernandez Lozano, criador e fundador da empresa dirige “Core Business” para o Empreendedorismo em Geotécnica.
Pela vasta experiência adquirida nestes trinta anos e com a finalidade de continuar e multiplicar a prestação de serviços geotécnicos de excelência, e ter criado empresa TriGeo Engenharia Geotécnica, parte para criação de muitas outras alicerçada no mesmo corpo técnico da Dýnamis.
O Engº Mauro Hernandez Lozano fica a frente mantendo a sua conduta inspirada na Ciência Trilógica que unifica a ciência, a filosofia e a metafísica, no Ciclo de Engenharia Geotécnica e somada agora a um sistema ERP baseado no método Seis Sigma que permitirá as novas empresas jurídicas contratadas e ou creditadas a replicar modelo da Dýnamis em todos pais.
O novo “Core Business” surge para fazer diferença no atendimento e relacionamento com clientes e fornecedores em todo Brasil disponibilizando e proporcionando novos empreendedores em engenharia geotécnica.
Veja mais sobre a Dynamis Engenharia Geotécnica na página da empresa em nosso site
Enchentes, mortes, desabrigados, prejuízos de toda ordem.
Esse é um cenário que se repete todo ano. O que fazer ? O que está sendo feito ? É adequado ou não a estratégia atual ? O jornal Folha de São Paulo convidou dois especialistas, com opiniões divergentes, para responder a essa questão, e pela importância do assunto reproduzimos a posição desses profissionais :
SIM
Um novo paradigma
Aluisio Pardo Canholi
O ENORME desenvolvimento em planejamento, estudos e projetos de drenagem urbana verificado na região metropolitana de São Paulo (RMSP), notadamente nos últimos 15 anos, transformou a região em um dos pólos mais avançados na concepção e aplicação de técnicas inovadoras de controle de enchentes em nível mundial. Os resultados obtidos até aqui permitem afirmar, sem sombra de dúvida, que estamos trilhando uma rota acertada na busca da redução dos riscos das enchentes associadas às grandes precipitações que assolam a região em todo o verão.
E o que mudou?
Primeiro, a mudança de paradigma que foi a adoção de obras de reservação, nas suas diversas modalidades, sobretudo os reservatórios de controle de cheias, em detrimento das obras de canalização. Isso ocorreu em São Paulo após o inicio da operação exitosa do reservatório do Pacaembu, de onde adveio o termo "piscinão".
Em épocas ainda não tão distantes, na RMSP multiplicaram-se as canalizações e as retificações de córregos realizadas para a construção das avenidas de "fundo de vale". Os canais espremidos entre ou sob as vias tiveram suas velocidades aumentadas, o que inflou em até seis vezes os picos de cheia, ampliação bem superior aquela devida à impermeabilização, tida pelos menos avisados como a grande vilã das enchentes.
Em segundo lugar, é preciso louvar a realização, em 1998, pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê.
Praticamente toda a RMSP localiza-se em uma única bacia hidrográfica, a do Alto Tietê. Toda a drenagem dessa região de quase 2.000 km2 de área urbana, 39 municípios e quase 20 milhões de habitantes encaminha-se para um único escoadouro, o rio Tietê, o que torna a questão complexa e de caráter metropolitano.
A visão integrada do plano diretor, que adotou a bacia como unidade de planejamento, tornou possível recomendar e priorizar obras e ações corretivas e preventivas, evitando as intervenções pontuais responsáveis outrora pelo simples deslocamento dos pontos de enchente.
O critério básico adotado pelo plano foi o das vazões de restrição. A partir da cheia máxima suportável pelo Tietê -e sucessivamente para os demais rios-, definiram-se os limites da adução por cada afluente. Em todos os casos foi necessária a reservação nos afluentes para obedecer a esses critérios.
Como as restrições eram severas, as reservações recomendadas foram significativas, como na bacia do Tamanduateí, de 7,7 milhões de m3, dos quais já implantados mais de 4 milhões de m3pelo DAEE e pelas prefeituras. No Aricanduva, dos previstos 2,2 milhões de m3, já estão implantados pela Secretaria de Infra-Estrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo perto de 1,5 milhão de m3.
Em suma, a RMSP já conta com cerca de 7 milhões de m3 em mais de 40 reservatórios, o equivalente a cem piscinões do Pacaembu.
Atualmente, muitas outras obras vêm sendo implantadas na RMSP, todas elas seguindo o plano diretor, como no Aricanduva, onde está sendo implantada obra pioneira em nível nacional visando a redução de velocidades no canal, além da construção de "polders" nas áreas mais baixas; e no Pirajussara constrói-se um piscinão de 500 mil m3.
Outro avanço significativo em época recente refere-se ao sistema de alerta às inundações em operação no município de São Paulo, efetuado pela Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura, além do Sistema de Alerta às Inundações, com apoio de radar meteorológico.
As áreas críticas sujeitas a inundações ainda são significativas, os déficits ainda são enormes, muito ainda há de se fazer, notadamente em termos de ações estruturais (obras), complementadas por ações de educação ambiental e medidas não-estruturais, visando sua sustentabilidade.
Porém, os avanços observados tanto no aspecto institucional, com o planejamento e as ações empreendidas de forma integrada e em nível metropolitano, como no aspecto técnico, dadas as inovações tecnológicas já implementadas, permitem ser otimista com relação aos bons resultados que já vêm sendo e serão paulatinamente obtidos no combate às enchentes na região metropolitana de São Paulo.
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ALUISIO PARDO CANHOLI , doutor em engenharia hidráulica pela USP, é diretor da Hidrostudio Engenharia e autor do livro "Drenagem Urbana e Controle de Enchentes".
A atual estratégia de combate a enchentes urbanas na região metropolitana de São Paulo é adequada?
NÃO
É preciso atacar também outras causas
Álvaro Rodrigues dos Santos
UM MELHOR entendimento das enchentes da metrópole paulistana exige que voltemos nossa atenção para a equação básica desse fenômeno, por sinal comum a muitas cidades brasileiras: "Volumes crescentemente maiores de água, em tempos sucessivamente menores, sendo escoados para drenagens naturais e construídas progressivamente incapazes de lhes dar vazão, tendo como palco uma região geológica já naturalmente caracterizada por sua dificuldade em dar bom e rápido escoamento às suas águas superficiais".
Essa equação é basicamente sustentada pela cultura tecnológica da impermeabilização e da erosão com que as cidades da região metropolitana foram erguidas e se expandem e pelas condições geológicas e hidrológicas naturais da região, com seus principais rios (Tietê, Pinheiros, Tamanduateí) apresentando uma declividade muito pequena.
Com sucessivos programas de combate às enchentes, o governo paulista, há muitas décadas, tem perseguido exclusivamente o objetivo estrutural de aumentar a capacidade de vazão dos rios principais por meio de alentadas e seguidas obras de retificação, alargamento, aprofundamento e desassoreamento. Bilhões de reais foram gastos nesses serviços.
Sem dúvida, fundamental para um combate exitoso das enchentes. Mas, apesar dos elevados gastos, insuficiente; como, aliás, a realidade o vem demonstrando. Mesmo com o auxílio de já quase 20 piscinões instalados na região metropolitana.
O fato é que faz-se essencial atacar também um outro objetivo, de ordem complementar, qual seja, a reversão da cultura da impermeabilização e da erosão com que a metrópole vem se desenvolvendo, de forma a recuperar ao máximo a capacidade da região de reter a água da chuva e permitir sua infiltração, com isso reduzindo o volume e aumentando o tempo com que essas águas chegam às drenagens. Ou seja, "quebrar a outra perna" da citada equação das enchentes.
Esse objetivo, incompreensivelmente relegado pela administração pública, será atingido pelo somatório de uma série de medidas de fácil execução, como pequenos e médios reservatórios domésticos e empresariais de águas de chuva, estacionamentos, praças, quintais, calçadas, valetas, pátios e tubulações drenantes, poços e trincheiras de infiltração, intenso plantio de árvores e de médios e pequenos bosques florestados.
Os famosos piscinões, obras de alto custo de implantação e manutenção, são concebidos para cumprir hidraulicamente esse papel. Porém, pelo intenso e rápido assoreamento por sedimentos e lixo que os atinge, pelo altíssimo e perigoso grau de contaminação das águas superficiais urbanas e pelo fato de estarem inseridos em áreas urbanas densamente ocupadas, são hoje verdadeiros atentados urbanísticos, sanitários e ambientais. É uma pena que o poder público os tenha "comprado" como a panacéia para o combate às enchentes.
Uma outra fantástica causa das enchentes que precisa ser urgente e imperiosamente atacada em suas origens: o intenso assoreamento das drenagens naturais e construídas pelos sedimentos provenientes dos generalizados processos erosivos que ocorrem sobretudo na zona periférica de expansão urbana da metrópole.
A erosão resulta hoje no aporte de mais de 3,5 milhões de m3 anuais de sedimentos para o interior de córregos e rios, reduzindo em muito sua capacidade de vazão. O lançamento irregular do lixo urbano e do entulho de construção civil colabora nesse assoreamento, e é importante combatê-lo, mas é bom lembrar que os sedimentos são responsáveis por 95% do volume total do assoreamento.
Sem sombra de dúvida, somente essa abordagem mais completa do fenômeno das enchentes propiciará aos paulistanos, se não a eliminação total do problema, a drástica e civilizada redução de sua freqüência e intensidade.
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ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS , geólogo, é consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente. Foi diretor de Planejamento e Gestão do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e diretor da Divisão de Geologia. É autor, entre outras obras, de "Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática".
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